Governador de um Estado produtor, Serra poderia engrossar o coro dos descontentes, alinhando-se, por exemplo, ao clamor do Rio e do Espírito Santo, que querem evitar mudanças no critério de distribuição de áreas já licitadas. Mas os governadores fluminense e capixaba não aspiram a uma cadeira no terceiro andar do Palácio do Planalto. Portanto, podem comprar uma briga com os demais Estados brasileiros. Já Serra...
O silêncio tem como único objetivo evitar desgaste político com os demais Estados num assunto que já é suficientemente polêmico em ano não eleitoral - em época de disputa presidencial, o tema ganha potencial extremamente explosivo.
A avaliação no PSDB é que um posicionamento público sobre a questão poderia trazer mais prejuízos políticos que contribuições ao debate. O plano tucano é não atiçar a ira dos demais Estados e tentar jogar a discussão para depois da eleição, preferencialmente para o ano que vem. Aliás, quando questionado sobre o tema no passado recente, Serra disse em mais de uma ocasião que a discussão deve ser feita com profundidade, não a toque de caixa.
"Estamos muito preocupados com essa questão, principalmente com a partilha inadequada em ano eleitoral. Essa discussão está sendo conduzida de forma inadequada e atrapalhada por razões eleitorais", afirmou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Único dos senadores por São Paulo cujo partido compõe a base governista de Serra, Romeu Tuma, do PTB, nem chegou a conversar com o governador sobre o assunto. Pediu orientação ao secretário de Finanças paulista, Mauro Ricardo, mas ainda não obteve resposta, o que mostra a cautela com que o assunto é tocado pelo Palácio dos Bandeirantes.Com informações do Estado
Interessa a São Paulo a discussão sobre a repartição dos recursos do pré-sal a serem prospectados no litoral paulista. Mas, independentemente disso, a orientação é arrastar o assunto para depois das eleições. Empurrar com a barriga, na definição de um tucano. Falta combinar com os russos. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), tornou-se o porta-voz na guerrilha contra a proposta do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que propõe a divisão dos royalties do petróleo entre todos os municípios. Ontem, questionado sobre a posição discreta de São Paulo, Cabral deixou no ar crítica ao governador paulista. Disse que não iria "fulanizar" o debate, portanto não nomearia quem está "contra, a favor ou em cima do muro". Nem precisava dar nomes.
Interessa a São Paulo a discussão sobre a repartição dos recursos do pré-sal a serem prospectados no litoral paulista. Mas, independentemente disso, a orientação é arrastar o assunto para depois das eleições. Empurrar com a barriga, na definição de um tucano. Falta combinar com os russos. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), tornou-se o porta-voz na guerrilha contra a proposta do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que propõe a divisão dos royalties do petróleo entre todos os municípios. Ontem, questionado sobre a posição discreta de São Paulo, Cabral deixou no ar crítica ao governador paulista. Disse que não iria "fulanizar" o debate, portanto não nomearia quem está "contra, a favor ou em cima do muro". Nem precisava dar nomes.
Por: Helena ™